A localidade de Itakamosí é parte integrante do 1º distrito do município de Vassouras agregada as localidades de Ipiranga, Demétrio Ribeiro, Barão de Vassouras e a sede do município, cidade de Vassouras. Sua localização é a noroeste do município, numa área de confluência deste com os municípios de Barra do Piraí e Valença, à margem direita do Rio Paraíba do Sul.

A organização inicial desse espaço produtivo deu-se com atividades dos setores primário e secundário, com a pecuária e agricultura na Fazenda São Roque, instalada na região desde o século XIX, e atividade oleira, na Cerâmica Cometa, instalada nos primórdios do século XX.

Em 1947 foram loteadas terras da fazenda que margeavam a ferrovia, iniciando-se, assim, um povoado com intenso processo migratório de pessoas buscando serviço na fazenda e muitos funcionários da ferrovia e comerciantes instalando-se no lugar.

Paralelo ao crescimento do loteamento, crescia uma célula afastada proveniente de uma sesmaria doada ao português Antônio de Jesus Gomes. Hoje, esse núcleo integra Itakamosí como um bairro conhecido por Esquina da Alegria. A escolha do topônimo Itakamosí, deu-se em função de uma rocha existente num sítio, na Esquina da Alegria, no formato de uma bacia.

Inicialmente a designação foi Bacia de Pedra, mas na década de 1960, o então vereador local, Manoel Vieira de Macêdo, atendendo a pedidos da população para a troca do nome conseguiu aprovação legal, com projetos na Câmara Municipal de Vassouras e Assembléia Legislativa no RJ, para que o topônimo fosse declinado para o tupi-guarani Itakamosí que, na íntegra, significa Bacia de Pedra. Desta forma respeitou-se a referência geográfica para a escolha do nome e satisfez-se a vontade pública.

Itakamosí é lugar de formação recente mas que apresenta fases distintas em sua organização socioespacial mostrando um crescimento satisfatório em seus primeiros anos, passando por um esvaziamento local na década de 60, devido ao declínio de suas atividades econômicas em conseqüência da crise sócio-política do país. A partir da década de 70 o lugar revitaliza-se e retoma seu crescimento com a criação de alguns postos de trabalho, mas que ainda eram insuficientes para atender a demanda do local. A população, então, passa a articular-se num movimento migratório pendular buscando trabalho nas cidades vizinhas. Na última década houve um crescimento acelerado da população, melhorias na infraestrutura e qualidade de vida local, mas a questão do trabalho permanece.

Ao longo desses anos, os agentes construtores sócioespaciais presentes em Itakamosí foram elites (latifundiários e empresários), imobiliárias e o poder público, cada um com maior ou menor intensidade de açodo com os momentos da construção desse espaço geográfico.

Matéria feita por Marilei de Sousa Macedo (Professora de Geografia)


Divulgação

Vista parcial de Itakamosí.

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